segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Férias


Férias designa o período de descanso a que têm direito empregados, servidores públicos, estudantes etc., depois de passado um ano ou um semestre de trabalho ou de atividades. Provém do latim 'feria, -ae', singular de 'feriae, -arum', que significava, entre os romanos, o dia em que não se trabalhava por prescrição religiosa.
O ano de dois mil e dez ( e predigo sim o ano, e não este último semestre) foi mais cansativo que o normal primeiramente pelo fato de eu ter me abstido das minhas férias de julho devido à uma possível recuperação em cálculo I, que na verdade, não serviu para absolutamente nada. Logo, me mantive sem pausas na rotina de acordar as cinco horas da manhã e chegar na média das oito e meia da noite, situação que me fez aprender a ler no ônibus (ato debilitado para mim, devido aos meus rotineiros enjoos) e comer no caminho de volta para casa.
Sinceramente, a falta de tempo e condição me estressavam mais que o próprio fato de ter que estudar muito. Certamente faltou tempo, mas acho até que lidei bem com a situação. Mas o ser humano é diferenciado dos outros seres vivos por possuir a capacidade de se adaptar à diferentes situações; é... passei a concordar com esta teoria.
O estudo sempre me deu segurança. Me deu base para construir meus objetivos e pensar além deles. Foi difícil esse ano, muitas vezes não ter dado conta do necessário, o que acabava comprometendo a minha condição de pensar, a condição do 'e se '; o que afetou diretamente minha condição de objetivar. Sentia-me mal. Como se estivesse numa aula de história no ensino médio; aprendendo o que desse para passar de ano. Isso retirava minhas forças de continuar estudando e na faculdade. Nunca pensei em sair da faculdade; mas por vezes pensava que seria uma profissional ruim. No fundo eu sabia que aquele não era meu perfil. Por isso, decidi que no segundo período, por mais que soubesse que fosse ser mais apertado ainda, eu iria me comprometer mais e melhorar. De fato, subi muito meu CR. Mais uma vez deu pra se ver que o maior motor propulsor para conseguir o que se quer está em si mesmo.
Enfim, depois de muito estudo, muito trabalho, muitos seminários, meses acordando de madrugada e dormindo pouco, agora posso dar meu grito de férias. Que seja um tempo de descanso, alegria e muita diversão, e que seja as melhores férias de todos os tempos :)

Um beijo e ótimas férias para todos!

"Nada do que a gente ama fazer é perda de tempo"

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

10/10/10.


Paz.

Ciência.

Paciência.

Ciência da paz.

Um fim de semana de reconquistas e renovação. Sem dúvida alguma, os dias nove e dez de outubro de dois mil e dez me fizeram rever conceitos e teses que estavam absolutamente perdidas em mim.
Obter a percepção e a ciência de que a paz é, em suma, consequência do ato e efeito do exercício da paciência. É preciso esperar. É preciso guardar. É preciso esperança.
"Você sempre consegue tempo para as coisas as quais você ama". Esta frase me fez refletir muito, e ver que não estou dando o valor que é digno à determinadas coisas. Por outro lado, esta frase me fez ver determinadas coisas as quais eu não havia percebido o tamanho da magnitude e importância pra mim.
Aos meus queridos amigos, obrigada pela graça de ter passado este fim de semana com vocês e com Deus.
Que a esperança seja o amor que espera. Levemos isso conosco, em nossas atitudes e pensamentos. Em todos aqueles momentos os quais nos falta a paciência, nos momentos em que não estamos prontos para o mundo e o que ele contém, nos momentos em que nos precipitamos, e até mesmo nos momentos em que somos pressionados. Que possamos nos lembrar da esperança como o amor que espera. E que a paciência é uma virtude de tamanha importância, que sua derivada é, nada mais nada menos que o alcance da paz.


À todos uma ótima e abençoada semana, e um abraço especial para todos os presentes no 5º cor jovem.

sábado, 14 de agosto de 2010

Adeus, Bequinha.


Dezessete de novembro de mil novecentos e noventa e seis. Este foi o dia em que no universo da minha ainda pequena caminhada, uma nova estrela veio brilhar. Uma estrelinha de apenas dois meses de idade. Uma estrelinha chamada Rebeca.
Rebeca de Mornay Junqueira de Souza Camêlo. Rebeca de Mornay por causa de uma atriz muito famosa naquele tempo. Junqueira de Souza porque ela obviamente era da minha família. e Camêlo porque... quando era pequena a chamava de camêlo. Agora não sei explicar o porque. Ela não tinha corcovas, e nem sobreviveria semanas sem água. mas sei lá. Era assim que eu a chamava.
Uma vez, Rebeca fez com que a máquina de lavar, num eufórico impulso, caísse sobre sua cabeça. Rebeca conseguiu uma façanha. Adquirir eplepsia. Ficou umas duas horas sem atender pelo seu nome, de boca aberta, em transe. Me lembro como se fosse ontem. Ninguém conseguiu chamar sua atenção. Botei então, todo o meu coração em apenas um chamado, quando falei baixinho: "Camelooo..." e ela simplismente e inexplicavelmente, me olhou.
Você cresceu, teve filhotes, envelheceu. eu era criança, virei adolescente e adulta. Você fez parte de tudo isso e eu te agradeço por ter deixado todas essas fases mais felizes, com uma sensibilidade e um sabor especial que poucos têm: uma amizade com um ser de outra espécie.
Olhos azuis como o céu, pêlos brancos como a neve e pelagem superior negra como o ébano da janela. Não, ela não era a Branca de Neve. Mas sempre e sempre foi uma princesa.
Aos leitores, não imaginem ser exagero, nem emoção exacerbada. Mas o cão é o único animal o qual, ao se entregar o seu coração, ele te dará o dele por completo. Mesmo que você não o dê mais atenção, mesmo que você não brinque mais com ele, mesmo que você cresça e até se esqueça. É um amor leal, um amor que não vê condições. Um amor que só merece reciprocidade.
Obrigada, Rebeca.
16/09/1996 - 14/08/2010

sábado, 10 de julho de 2010

Barco a vela, que se abandona.


Um barco velejando noite e dia, noite e dia
Um barco velejando dias e meses, dias e meses
Um barco velejando meses e anos, meses e anos
O vento sempre soprando sua vela para um horizonte distante.
E quanto mais distante estava, mais se via perto de seu ponto de partida.
O vento parou de decidir sobre o rumo do barco, e deixou-o apenas à vontade da maré.
E a maré ia para frente e para trás. Para frente e para trás.
Quando a maré o levava muito a frente, quando parecia que ia finalmente chegar,
O vento se manifestava, mesmo que esta nem fosse sua vontade; sem querer soprava as ondas; e o barco ia para trás.
Depois de muito tempo, o barco se cansou. Viajou por tanto tempo, que acabou esquecendo de si mesmo. Olhou suas velas, já rasgadas; viu sua proa com a madeira já gasta; e viu algo surpreendente, que não sabia para o que servia: Viu que possuia um leme.
Ao conduzir o leme, percebeu que mudava de direção e sentido Mesmo que a maré o levasse para outro lado e mesmo que o vento soprasse forte, ele conseguia ir aonde queria.
Tomou sua vontade e foi pela primeira vez para onde quis. Depois de tanto navegar, avistou um lugar onde pareceu importante, um lugar que pareceu confiável para ele, um lugar onde ele finalmente poderia descansar depois de tanto tempo;
O barco encontrou seu porto-seguro.

domingo, 30 de maio de 2010

Receitas práticas para o dia-dia


Fragmentos de coração

Ingredientes:
um coração (com buraquinhos é melhor para o preparo da receita)
três colheres de sopa (das cheias) de brigas
uma xícara de chá de discussões
quinhentos ml lágrimas
setecentos gramas de mal-entendidos frescos (também pode se utilizar os que estão guardados há muito tempo, estes acentuarão o sabor)

Modo de preparo:

pegue um coração duro como pedra e fechado como se estivesse trancado por sete dos mais complexos cadeados. (Cuidado se este for o seu, pois o sabor pode se tornar um pouco mais amargo). Adicione de uma vez a xícara de discussões, seguido das colheres de brigas. Mexa sem parar. Adicione levemente as lágrimas, mas cuidado para a massa não inchar. Salpique os mal-entendidos para dar um sabor especial e leve ao forno a alta temperatura.
Ao retirar do forno verifique se o coração está em pedaços. Se sim, saboreie, mas faça isso sozinho, pois o sabor é único!

domingo, 11 de abril de 2010

O agora.


Aconteceram tantas coisas nesse meio tempo em que fiquei distante do blog que, se fosse transpassar tudo para as palavras, ou melhor, para uma simples postagem, não caberiam os caracteres e mais explicitamente, fugiria completamente à tradicional subjetividade que se apresenta no histórico de todas (ou senão a maioria) das postagens daqui.
Mas mesmo assim, vamos lá. Excetuando-se a última, minhas postagens mais recentes vieram recheadas de um pessimismo causado pela falta de auto-confiança e acima de tudo, medo. Falando as claras, uma real tensão ao fato de ter que fazer vestibular novamente, e acima de tudo, passar por todas as coisas que aconteceram no ano de dois mil e nove, mais uma vez. Nesse tempo eu vi minha real pequenez. Eu praticamente tirei o uniforme e larguei as chuteiras antes mesmo dos quarenta do segundo tempo, e sabe, desistir de mim mesma sempre foi uma das últimas coisas na minha lista do que fazer. E ter agido assim em meio à dificuldade, me serviu de lição. Se a descrença no meu potencial partir de mim, eu simplismente vi (e vivi), não vou a lugar algum.
É curioso olhar agora e pensar em como eu fui, com o perdão da palavra, estúpida. Mas enfim, dando continuação à jornada, me classifiquei para Ciências biológicas (Rio) na UERJ e Biomedicina na UFRJ. Devido à esta última, tranquei Biotecnologia no CEFETq. Descobri um gosto que esperava a muito tempo conhecer. O sabor de um objetivo realizado; é doce... e, objetivamente, muito bom.
Estou cursando biomedicina na UFRJ, e, como todos sabem, é um almejo de infância. Toda essa situação ocorrida me fez lembrar de um velho clichê, o qual as pessoas nem dão mais importância alguma. "Nunca desista dos seus sonhos, por mais longe que possam parecer". De fato, parece realmente uma coisa para tolos sonhadores. Porém, tentando me expressar o mais sinceramente possível; não adianta viver a vida sem um objetivo. Um sonho realizado mostra-se como a face da alegria batalhada por si mesmo, e as consequências são de tamanho valor que são irreversíveis os benefícios causados à aqueles que se permitem idealizar.

Um bom domingo e uma ótima semana a todos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Um adeus, um início.


Quando cheguei e olhei para a estante, lembrei que antes de viajar havia prometido arrumar tudo aquilo. Na verdade, havia prometido isso antes, quando passasse para alguma universidade; assim feito, já deveria ter cumprido o prometido.
Papéis, papéis, papéis. Sabia que guardara muitos papéis, mas de fato, o montante foi muito além do que eu imaginava ter guardado. Fichário da oitava série, e junto dele muitas lembranças e indícios de uma personalidade adolescente já adormecida. Mas o que realmente contara na maioria significativa fora tudo o que eu escrevi, mesmo que fosse um rascunho qualquer, tudo o que eu li, tudo, enfim, tudo; todo o material utilizado, que eu havia tocado nos três últimos anos, os anos em que cursei o ensino médio, todos estavam ali. E agora, era a hora de eliminar tudo aquilo. Ou quase tudo.
A começar pelos exercícios de matemática. Foi triste me livrar de tudo aquilo. Por hora, sempre gostei de revê-los, e, por serem muitos, me faziam lembrar que eu não podia fechar o livro enquanto não acabasse o que eu tinha começado. É. Eu sempre gostei da matemática. Mas se foram; todos.
Quase tudo o que vi e joguei fora foi com certo aperto no coração, exceto certos pontos. 'Projeto Enem de literatura'... joguei com certo gosto, mesmo na incerteza de precisar daquilo. Mas de certo, não precisaria.
Também abri a ala para o material que será utilizado daqui pra frente. Selecionei o material de biologia, química, física e calculo. De certo me senti como se estivesse mudando de casa. Mas talvez fosse a mudança de vida, a mudança de fase. A real desvinculação entre a infância, adolescência e vida adulta, o passado e o futuro, o sonho e o objetivo.
Senti que somente eu poderia ter assassinado em média de dez a quinze árvores, de tanto papel que havia usado. Mas ao ver aquilo, ler certas coisas, algumas contracapas de fichário e caderno, certos rodapés de folhas, me remeteram há muitas lembranças. Pessoas que passaram, pessoas que ficaram, piadas internas da época, coisas que me fizeram rir, me emocionar, coisas que me fizeram ser feliz. Tudo aquilo resumido em fragmentos de sentimentos, transpostos no papel. Isso, mais forte do que eu, foi guardado. Me desconectei apenas daquilo que acabou, período escolar. As lembranças e os que fizeram com que as mesmas existissem ainda estão comigo; não quebrei esse vínculo no sentido material; o mesmo vínculo psicológico foi o que me fez feliz durante muito tempo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Aragem.

Em tempos como estes, na plenitude do início de fevereiro, sempre me agradou sentar na varanda enquanto o sol se punha, pois sabia que em determinada hora, a brisa leve da noite chegaria e levaria embora tudo o que de pesado acontecera no dia.
É curioso ver como em quase um mês e meio não fiz isso. Talvez seja por isso que o stress diário esteja se acumulando cada vez mais. Ainda não senti a brisa que sempre costumou levar os males embora. Mas sabe... ainda não parei para ir a varanda.
Não dá pra se exigir o próprio bem-estar se nem mesmo você luta para isso. As vezes, abrir a janela para deixar o sol entrar se torna mais necessário do que o medo de vir a chuva e molhar o interior da casa.
Vá sentir a brisa do que traz a sua felicidade.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

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Noventa e dois. Esse número, definitivamente eu não vou esquecer.
Eu não queria me sentir inútil, não queria me sentir morrendo na praia depois de nadar tanto, não queria ver meu objetivo saindo pra comprar cigarros e não voltando mais. Eu não queria.
Desse jeito parece que eu não me esforcei. Parece que eu não dei tudo de mim. Eu não enrolei, eu não me enrolei, eu não vim pra brincadeira. Eu não teria entrado nessa se não fosse pra buscar o prêmio.
Não sei como as coisas vão ser, há ainda reclassificações. Entrego nas mãos de Deus e que assim seja.

Alta Tensão.


Tensão.
Ansiedade. Nervosismo. Tensão. Ansiedade. Nervosismo. Princípio de sufocamento; não. Tentativa de auto-controle. Calma, tudo vai estar bem. Relaxa. Se concentra, ou melhor, se desconcentra. O que foi feito, já foi feito. Basta apenas esperar. Esperar. Esperar. Porque os ponteiros do relógio não se mexem? A hora simplismente não passa. O que passa é o pensamento. Os pensamentos. Vários pensamentos. Pensamentos bobos, pensamentos sujos, pensamentos que me prejudicam; e em uma tentativa de reviravolta do subconsciente, pensamentos que tranquilizam. Será que tirei essa nota? Será que tirei esta outra nota? Não, isso seria muito baixo. Isso seria muito alto. Estudei, mas talvez não a coisa certa. Não caiu aquilo que eu pensei que fosse cair, e tinham coisas que... ah chega. Positividade, positividade. É o melhor a se buscar. Agora não adianta. Basta esperar, esperar.
Uma hora e meia.
E a minha vida mudará.